Sim, eu poderia abrir as portas que dão para dentro, mas preferi trancafiá-las para que não entrassem nenhum amor bandido; venturas; muita perplexidade; muito prazer e muita dor; amores desperdiçados; íntimo devaneio; ardente luxúria; flores castas e delicadas, flores lilases, flores vívidas que logo murcham; ausente melancólica e angustioso desfalecimento. Para que estivesses mudo de sentidos, mudo diante de ângulos crepusculares de uma vida.
Não deu. Tu viestes - e arrombando as janelas, permitiu que entrassem todos as luzes noturnas, todos os insetos, teu olhar... E ali prevejo perigos, habilidades amorosas insuspeitadas, espantosas e mortais...e esplendor renascente....
(R.Moran)
Fotografia: Bruna dos Anjos
Contato: brunacristinanjos@yahoo.com.br
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